Loren Fender - Quem é a doadora de Giovana Miccelann
Colaboradora Kester deve receber transplante nas próximas horas
Olhar Sem Fronteiras foi precursor para doação acontecer
Laura Elisa
06/07/2017
A colaboradora Kester Giovana Miccelann, descobriu em março que estava com leucemia, em estágio avançado.
Apesar de começar um tratamento paliativo de radioterapia, sua única chance de sobreviver seria por meio de um transplante.
Em maio de 2017, Giovana chegou a ser hospitalizada e permaneceu por 8 dias em estado de coma.
Saiu do estado e deixou o hospital depois de alguns dias de internações.
Em junho, voltou a ser hospitalizada por outras duas vezes.
Os exames feitos na jovem, mostravam que a doença continuava avançando, e que a janela de doação para conseguir cura estava se fechando.
No dia 5 de julho, seus médicos informaram que se não conseguisse um transplante em 15 dias, Giovana não poderia mais passar pelo processo.
Isto porque a doença estaria tão avançada, que ela não teria tempo suficiente para matar sua medula e começar um processo novo.
A jovem foi colocada em sessões de radioterapias, onde com a imunidade baixa contraiu uma infecção, o que tornou seu quadro mais grave.
Giovana não possue irmãos de sangue, apenas uma adotiva, e parentes próximos não eram compatíveis com a jovem.
Colaboradores Kester chegaram a fazer testes, mas ninguém foi compatível.
Na segunda-feira, 3, a equipe do Portal Kester 10 G, entrou em ação.
Passou a publicar sobre o quadro de saúde da jovem e a pedir doadores de medula.
Os interessados deveriam ir ao hemocentro de sua cidade e informar que queriam se cadastrar como doadores.
Se não fossem compatíveis com Giovana, poderiam ser com outra pessoa e serem chamados a doação.
Na noite de quarta-feira, a moça chegou a escrever uma carta a Kalel, Presidente Kester, e a todos da equipe.
O documento foi publicado no Portal de Colaboradores, com um tom de despedida.
Giovana sabe que sua caminhada não é fácil e que há muitos obstáculos pela frente, o mais difícil deles encontrar um doador compatível.
Enquanto tudo isso acontecia, voltemos um pouco no tempo.
Agora 2016, quando a equipe Kester esteve em Santa Rosa, no RS, para ministrar uma palestra do Olhar Sem Fronteiras.
Foi graças a esta palestra, que a família Fender teve conhecimento do Portal de Guilherme Kalel.
E que a jovem Loren Fender, passou a ser leitora do espaço.
Quando viu que a repórter precisava de ajuda, foi ao hemocentro e se cadastrou.
Na manhã desta quinta, 6, a novidade. Loren era compatível.
Geralmente as pessoas não tem conhecimento de quem sejam seus doadores, a menos que o doador aceite se identificar.
Foi o que Loren quis fazer, ao ser chamada para doar.
Foi por isso que a equipe do Portal Kester 10 G, chegou a moça nesta tarde de quinta-feira.
"Estava em casa e recebi uma ligação, dizendo que havia compatibilidade minha com uma pessoa que precisava da doação.
Foi então que eu perguntei, se seria para Giovana Miccelann, e recebi a confirmação positiva", contou ela.
Loren disse que quando escutou a historia, quis fazer o teste, pensou em fazer alguma coisa para ajudar, porque sabe o quanto Giovana faz pelas pessoas.
"Ela fornece tratamento para pacientes oncológicos, e não era justo que ela morresse pela própria doença", disse a moça.
Loren teve outra razão também para poder se cadastrar. Ela perdeu um tio e o namorado recentemente, com leucemia.
No primeiro caso, a moça era muito jovem para fazer a doação. Já no segundo caso, do namorado, quando a leucemia foi descoberta tentaram um transplante mas houve rejeição.
Loren Fender vai viajar nesta quinta-feira para Porto Alegre, no RS.
Amanhã, sexta, ela vai passar pelo procedimento de coleta da medula, para que Giovana receba as células ainda na sexta-feira, disse Sílvia Tozzi, médica de Giovana.
A jovem de 21 anos de idade, disse que nunca se imaginou nessa situação.
Mas que entende a dor do paciente e de toda família, dos amigos.
E que pretende fazer o que for preciso para ajudar Giovana e qualquer outra pessoa que precise no futuro.
A moça estuda atualmente como técnica de enfermagem, vai se formar no fim deste semestre. O sonho é em ser médica, quem sabe um dia.
Mas o fato é que salvar vidas está no seu DNA.
O pai de Loren trabalhou com uma indústria farmacêutica por mais de 20 anos. Foi vendo o pai em suas viagens que ela acabou pegando gosto por salvar vidas.
E foi pelo pai que ela conheceu o site de Kalel, ele quem assistiu a palestra, dada pela equipe Kester no ano passado.