Alckmin quer aproveitar queda de Aécio para assumir comando do partido

Alckmin quer aproveitar queda de Aécio para assumir comando do partido
Governador aposta em previas para ser candidato a Presidência no ano que vem
Guilherme Kalel
Redação Online
19/07/2017


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, é um dos principais defensores que o PSDB deve desembarcar do governo Michel Temer.
Aliás, desde o Impeachment de Dilma, o tucano foi um dos poucos a defender que o partido apoiasse as reformas, mas sem entrar para o núcleo palaciano.
Com o senador Aécio Neves em queda, por causa das delações da JBS e outras, o governador paulista agora tem a chance e quer aproveita-la para assumir o comando nacional do partido.
A preocupação de Alckmin, é conseguir maioria na convenção de agosto, que vai eleger a nova Executiva Nacional do PSDB.
Depois que solucionar esta questão, o governador tem uma nova pretensão pela frente, ser o candidato do partido nas eleições do ano que vem.
Sem Aécio e com José Serra praticamente descartado, o nome do governador até seria consenso dentro do PSDB.
Não fosse um pequeno problema, seu afilhado politico, João Doria.

Crescem movimentos dentro do PSDB, para que o prefeito de São Paulo, um politico novo e não testado nacionalmente, seja o candidato do PSDB nas eleições presidenciais.
Doria fica em silêncio e não declara candidatura aberta mas Alckmin sabe que ele tem boas chances de também concorrer.
Para tentar sepultar esta ideia e se manter no páreo, o governador paulista então defende que haja previas dentro do partido, para que se escolha seu candidato a Presidência no ano que vem.
Embora publicamente a conversa seja outra, nos bastidores padrinho e afilhado podem estar em vias de se enfrentar.

Na cidade de Franca, no interior de SP, coisa semelhante aconteceu com o próprio PSDB.
O padrinho politico Sidnei Rocha, que em 2012 elegeu seu afilhado Alexandre Ferreira disputou uma previa com o mesmo para as eleições municipais do ano passado.
Sidnei levou a melhor mas não conseguiu se eleger. O ex-prefeito de Franca perdeu a eleição para Gilson de Souza, do Democratas, atual comandante da cidade.