Justiça decreta prisão de diretor de seita religiosa em SP
Motivo é desaparecimento de jovem programadora de computadores que desapareceu na quarta-feira
Eduarda Sampaio
Redação Online
Por Kester 10 G
29/07/2017
Por ordem emergencial, a Justiça de SP decretou na tarde deste sábado, 29, a prisão de um homem que é integrante da diretoria de uma seita religiosa na capital paulista.
Ele é apontado como um dos responsáveis pelo desaparecimento da jovem Ana Claudia Santos, de 25 anos de idade, ocorrida na quarta-feira.
A Polícia Civil fez o pedido, com base em provas colhidas nesta sexta-feira durante as primeiras investigações a respeito do desaparecimento da moça que está grávida de 6 meses.
De acordo com as informações conseguidas pela Reportagem de Kester 10 G, o homem manteve contato via uma rede social, com Ana Claudia e realizou conversas em tons de ameaças.
Uma amiga relatou que ela recebeu cartas estranhas, mas a polícia não chegou a encontrar esses materiais.
As conversas foram encontradas no notebook pessoal de Ana, e uma delas oferecia dinheiro para que ela não falasse mais a respeito de um caso envolvendo a doutrina.
Em abril, a seita religiosa entrou no epicentro de uma investigação criminal, depois que membros mandaram atacar o Grupo Kester em função de reportagens veiculadas em nossas páginas.
Na ocasião dois Hackers foram contratados, sendo que um deles está preso.
A outra, foi Ana Claudia que trocou a prisão por medidas restritivas de liberdade em casa, após fazer delação premiada.
Segundo a delegada que cuida das investigações, o diretor da seita ofereceu dinheiro para que ela cuidasse de sua criança durante todo seu tempo de vida, se Ana Claudia topasse sair de São Paulo.
O homem que não teve idade revelada nem seu nome para não atrapalhar as investigações, não pediu que ela mudasse o depoimento, mas sim que aceitasse a quantia para desaparecer e sepultar a historia.
O motivo, a igreja não queria a Hacker tão próxima para evitar o contato dela com fiéis da seita.
Ana Claudia locou um apartamento há poucos metros da sede da doutrina, sem saber disso.
E foi visitada pelo menos duas vezes por uma integrante da seita religiosa depois disso, segundo mostram imagens de segurança nos últimos 10 dias.
A polícia também investiga a mulher, para saber a relação dela com a Hacker.
Depois dos ataques, Ana Claudia se arrependeu e pediu perdão ao Presidente Kester, Jornalista Guilherme Kalel.
Ela foi perdoada e ganhou um emprego na recém-inaugurada Corsi Tecnologia como programadora.
Estava bem, feliz, relatou a Reportagem Kester uma amiga.
A Polícia disse que é cedo afirmar o que aconteceu com ela, por qual motivo desapareceu, mas não existem ainda indícios de que Ana tenha recebido dinheiro para fugir, nem que tenha fugido.
A prisão do homem foi decretada, porque na sexta-feira segundo fontes, ele teria mandado retirar documentos da igreja após o Grupo Kester publicar sobre seu desaparecimento.
A equipe da delegada que cuida do caso esteve na sede da doutrina, mas não conseguiu falar com ninguém.
Os funcionários falaram que não estavam autorizados a falar sobre nem um assunto e que só os diretores poderiam se pronunciar.
Em comunicado a Kester 10 G, a seita se disse mais uma vez vítima de perseguição e que não tem nada a ver com a fuga da Hacker.
A igreja que se denomina evangélica, disse ainda que já arcou com todas as despesas que julgou necessárias para se esquecer essa historia, que chamou de mal entendido entre seus membros e o Presidente Kester Guilherme Kalel.
O Presidente da doutrina, não aceitou conversar com a Reportagem, mas disse por telefone que tudo que tinha para resolver foi, e que estão a disposição para colaborarem com as autoridades.
A advogada Mariana Monary, que representa o Grupo Kester, acredita que Ana Claudia tenha sido vítima de queima de arquivo, e que possa ter sido assassinada.
"Ela desapareceu há mais de dois dias e se a Justiça decretou a prisão de alguém, é porque existem provas que desconhecemos", declarou.