Diretor de seita religiosa tinha Habeas Corpus preventivo diz delegada
Polícia deteve homem neste sábado mas o liberou por documento judicial
Eduarda Sampaio
Redação Online
Por Kester 10 G
30/07/2017
O diretor de uma seita religiosa que teve prisão preventiva decretada neste sábado pela Justiça paulista, foi encontrado na casa de parentes em São Paulo, na noite de ontem.
A polícia esteve no local e o levou sob custódia, mas o liberou horas depois.
De acordo com a delegada que investiga o caso e que pediu sua prisão, o homem que não teve o nome revelado, tinha um documento de Habeas Corpus preventivo, o que o garantia o direito em responder em liberdade.
O documento foi concedido pela Justiça na sexta, 28, exatamente no dia em que o caso pelo qual foi acusado veio a tona.
Segundo a delegada, este pedido de antecipação só reforça o envolvimento dele na historia, já que ele fez o pedido antes da polícia pedir sua prisão.
O diretor da seita religiosa prestou depoimento sob sigilo por cerca de 2h na noite de sábado, antes de voltar para casa.
O Ministério Público, que também acompanha as investigações, disse que vai recorrer do pedido de liberdade.
Para a promotora que analisa o caso, cada uma das provas colhidas mostram que ele tem condições de fugir do país se quiser, e que ele pode intimidar eventuais testemunhas.
É por esta razão, que a liberdade deve ser revogada, explicou ela.
O caso
Na quarta-feira, 26, desapareceu em SP a Hacker Ana Claudia Santos.
Ela tem 25 anos de idade e está grávida de 6 meses.
Segundo as primeiras informações, ela sumiu depois de ter acesso a documentos que mostrariam atividades ilícitas promovidas dentro de uma seita religiosa.
Ela teria ameaçado revelar os documentos, se a seita não deixasse de perseguir as pessoas.
Para a delegada, os documentos são comprometedores e por esta razão os membros da igreja podem ter sequestrado e até matado a jovem.
Outro lado
A seita religiosa confirma que documentos desapareceram depois de um ataque Hacker no final de junho, e que foi procurada por Ana Claudia que tentou os vender de volta.
Ela teria nas palavras da seita, tentado os extorquir e eles a pagaram uma quantia na quarta-feira para que ela fosse embora e devolvesse os documentos roubados.
Uma das integrantes da seita, disse que esteve com Ana para tratar do pagamento que inicialmente era de R$ 5000,00 e que depois subiu de preço a pedido da própria Hacker.
Ela disse também, que os documentos são administrativos e que não mostram nada de irregular, mas sim revelariam dados administrativos e bancários da seita, o que poderia fazer pessoas de má índole agirem de má fé.