Protectors - Quem é o grupo Hacker que ameaça expor seita religiosa caso integrante desaparecida não seja encontrada hoje
Larissa Mariana
Reportagem Especial
Por Kester 10 G
30/07/2017
Fora do habitual, o Grupo Kester realiza uma edição especial neste domingo, 30 de julho, em que acompanha a busca da polícia e das autoridades, pela programadora Ana Claudia Santos.
Ela desapareceu na quarta-feira, 26, depois de sair de casa em São Paulo para aparentemente ir a um supermercado.
Os principais suspeitos de terem sumido com a jovem, são integrantes de uma seita religiosa, a mesma que em abril atacou o Kester por conta de reportagens em que denunciavam crimes da doutrina.
Por trás do sumiço da jovem, há mais do que se poderia imaginar.
Em um ataque cibernético, Ana Claudia descobriu uma série de coisas, documentos e provas, de diversos esquemas e denúncias contra a seita religiosa.
Ela disse que divulgaria o material segundo fontes do Portal Kester 10 G, se a seita não encerrasse sua perseguição a cada um daqueles que desejavam sair do local,
ou a cada um dos repórteres que investigavam e revelavam os escusos interesses do grupo.
Ana Claudia passou a receber ofertas financeiras, para vender as informações recuperadas dos servidores da igreja, R$ 5000, e R$ 2,5 Mi foram ofertados.
Ela recusou, mas na quarta-feira, desapareceu ao sair de casa e ao que tudo indica, a mando de um dos diretores da doutrina.
Não se sabe ainda onde ela está, se está viva, e a seita religiosa diz que é inocente.
Mas seus diretores foram ameaçados e entraram em pânico neste sábado, 29.
Por Whatsapp e mensagens de texto, um grupo de Hackers informou a cada um dos dirigentes da doutrina, que se Ana não aparecer até as 18h deste domingo, a seita vai sofrer uma retaliação cibernética.
Todos os documentos que foram retirados da seita, podem ser divulgados na internet, em sites de grande circulação nacional para que atinjam a maior parcela de pessoas possíveis.
O grupo ainda promete um sequestro de bens da seita, e na noite de sábado já havia limpado mais de R$ 150 Mi das contas bancárias da igreja que se denomina evangélica.
A promessa é devolver o dinheiro na manhã de segunda-feira, 31, caso a seita devolva Ana Claudia em segurança.
Mas quem é o grupo que provocou esta revolução e uma reviravolta sem precedentes neste caso?
O Portal Kester 10 G, foi conhecer um pouco mais afundo de cada um deles.
Criados em 2002, o grupo hoje tem 15 anos de existência.
E recebe o nome Protectors, que na tradução literal quer dizer protetores.
Estima-se que o grupo já revelou mais de 20 mil documentos durante seu período de atuação, de entidades, hospitais, governos e agencias de segurança, que estavam envolvidos em atividades ilegais, dentro dos 6 países em que atuam.
Hoje, são 160 membros, divididos no Brasil, Alemanha, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos e China.
Uma das integrantes desta equipe, é a programadora Ana Claudia Santos, a desaparecida.
Assim que uma das amigas comunicou o que aconteceu, os Protectors decidiram agir.
O primeiro passo foi retirar as páginas de internet da seita religiosa do ar, por cerca de 2h na manhã deste sábado.
Depois, enviaram as mensagens a tarde, e realizaram o sequestro dos valores citados a noite.
Apesar da igreja dizer que não sabe de nada a respeito do paradeiro de Ana, a Polícia Civil paulistana tem provas do contrário.
A prisão de um dos diretores da doutrina foi decretada pela Justiça na tarde de ontem, 29 de julho.
A noite, a polícia esteve em sua casa e chegou a detê-lo.
Mas o diretor já tinha um Habeas Corpus preventivo, concedido na noite de sexta-feira, 28, nas vésperas da prisão decretada.
Isto indica segundo a delegada que cuida do caso, que ele sabia que era um potencial suspeito e que tem algo a esconder.
Ele prestou depoimento mas foi liberado por conta do Habeas Corpus, podendo voltar a suas atividades.
Seu nome não foi divulgado para não atrapalhar as investigações.
O Ministério Público informou também na noite deste sábado, que vai pedir a revogação do Habeas Corpus preventivo, para que ele possa ser preso.
Segundo a Promotora que analisa a questão, ele oferece risco a sociedade estando solto, e por ter condições financeiras, pode conseguir fugir.
Quanto ao grupo Protectors, a polícia reiterou que estas formas de ataques não são a melhor alternativa.
Porém não possuem meios de impedi-los já que eles estão na sua maioria, fora do Brasil e não foram rastreados.