Janot pede prisão de Aécio pela terceira vez em menos de 3 meses

Janot pede prisão de Aécio pela terceira vez em menos de 3 meses
Ester Marini
De Brasília
Por Kester 10 G
01/08/2017


O Procurador Geral da República Rodrigo Janot, pediu nesta segunda-feira, a prisão e o afastamento do mandato, do senador Aécio Neves do PSDB de Minas Gerais.
Para Janot, Aécio age para atrapalhar as investigações e conclusões da Lava Jato.

Esta não é a primeira vez que um pedido de tal natureza é feito.
Em maio, o senador teve um pedido de prisão e de afastamento feito por Janot.
O Ministro Edson Fachin do STF, relator da Lava Jato, afastou Aécio mas não determinou sua prisão.
Janot recorreu e pediu um novo pedido, enquanto a defesa de Aécio um novo relator para o caso.
Mudou o Ministro mas a decisão permaneceu a mesma, Aécio não foi preso.

Agora, Janot voltou a recorrer, e incluiu que se não for preso, Aécio Neves seja afastado de seu mandato e que também use tornoseleira eletrônica.
O senador recuperou o mandato por determinação do Ministro Marco Aurélio, mesmo quem negou sua prisão em junho.

Para a defesa de Aécio Neves, não há nem um fato novo que justifique os pedidos de Janot.
O senador sustenta que está sendo vítima de uma armação do empresário Joesley Batista, que o gravou pedindo R$ 2 Mi em propina, e que está sendo perseguido por Janot.

O caso
Em 17 de maio, o foram divulgadas as delações do empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS.
Nas delações, Batista apontava gravações comprometedoras feitas com o Presidente Michel Temer, e também gravações com o senador Aécio Neves.
Nas gravações com o senador, o politico pedia R$ 2 Mi para usar em sua defesa, na operação Lava Jato.
A JBS pagou o recurso, filmado em uma operação secreta pela Polícia Federal. Quem recebeu a propina foi a irmã de Aécio, Andréia Neves.
Ela chegou a ser presa e depois recebeu o direito de responder o processo em prisão domiciliar.
Aécio foi afastado de seu mandato, mas recuperou o mesmo no final de junho, e teve pedidos de prisão negados pelo STF.