Maia adia votação da reforma politica e texto passa a ser discutido na semana que vem

Maia adia votação da reforma politica e texto passa a ser discutido na semana que vem
Por Kester 10 G
17/08/2017


O Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, adiou na noite desta quarta-feira, 16, a votação que definiria o texto aprovado para a reforma politica.
Com isso, a pauta vai voltar a ser tema de discussão entre os parlamentares na semana que vem, terça-feira.
Para o deputado, a decisão de cancelar a votação ontem, quarta-feira, ocorreu pela falta de pessoas presentes para se discutir a matéria.

Para que o texto fosse aprovado, eram necessários 308 votos mínimos, em duas votações.
Na primeira delas que deveria ocorrer ontem, haviam 430 deputados na casa, e o número estava baixo.
Para votar a matéria, é necessário que se tenham 470 presenças das 513 presenças que se deveriam registrar.
Com esse cancelamento, na semana que vem os deputados devem continuar a discussão no entorno da reforma que visa tentar mudar o sistema atual de eleições no Brasil.
Pelo texto base que já foi aprovado nas comissões e agora segue ao crivo do plenário, algumas coisas mudariam em relação ao que ocorre hoje.

Voto distrital
A mais polêmica delas é o voto distrital, pelo novo modelo em 2018, os candidatos mais votados seriam os eleitos na eleição, e a partir de 2022, isso mudaria.
Mas segundo as informações de alguns politicos, esse sistema distrital já para o ano que vem, iria impedir que candidatos menores tivessem chances de eleger.
Isto porque, com o voto distrital, se encerra a prática de que os candidatos mais votados de uma legenda, puxam outros votos.

Presidência
A reforma também prevê, que os cargos de Vice-presidente, Vice-governador e Vice-prefeito serão extintos.
Em caso de vacância de qualquer cargo do Executivo nos primeiros 3 anos após a eleição, deve se convocar uma nova eleição para daí 90 dias.
Se a vacância ocorrer no último ano de governo, antes das eleições, uma eleição indireta é que define o novo mandatário.

Tribunais
A reforma politica proposta, prevê ainda que seja mudada a forma como hoje Ministros e Desembargadores são alçados a seus cargos.
Eles passariam a ter durabilidade de mandato, no caso do STF por exemplo, com 10 anos de duração.
Em Tribunais Eleitorais, isso seria de 4 anos, sem prorrogação.
A medida não afetaria os já empossados, mas valeria a partir das próximas posses.

Datas
Na nova reforma, a posse para governadores e prefeitos ocorreria sempre no dia 6 de janeiro, Presidente no dia 7 e deputados e vereadores em 1º de fevereiro.