Comissão aprova texto base da reforma politica na Câmara
Agora, lei segue para ser votada em plenário antes de ir ao Senado Federal
Ester Marini
De Brasília
Por Kester 10 G
10/08/2017
Depois de mais de 9h de sessão, os deputados federais da Comissão da Reforma Politica, concluíram no avançar da noite de quarta-feira, 9, o texto base que segue para aprovação em plenário sobre o assunto.
A proposta precisa passar em dois turnos na Câmara e ter o apoio de pelo menos 308 deputados para seguir adiante.
Se não alcançar este cociente não pode ser aprovada.
Depois de ser aprovada na Câmara, a proposta segue para o Senado Federal, onde também vai ser analisada pelos senadores.
Não sofrendo nem uma alteração e em sendo aprovada por lá, vai a sanção presidencial.
O que foi aprovado
Pelo texto base que passou na Comissão nesta quarta-feira, as regras serão mantidas em 2018 e 2020, e passariam a ter valia apenas em 2022.
A única coisa que já teria validade nessas próximas eleições, a serem realizadas no ano que vem, é o total de recursos usados na campanha.
Eles foram definidos em 0,5% do total de Receitas da União em 12 meses, o que no ano que vem será de R$ 3,6 Bi.
Este valor vai ser dividido entre os partidos, que distribuirão os recursos a seus candidatos.
A reforma se passar como foi aprovada, prevê que em todas as eleições, o financiamento de campanha seja de um fundo público, correspondente aos mesmos 0,5% da Receita da União dos últimos 12 meses.
Prevê ainda, o fim dos cargos de Vice-presidente, Vice-governador e Vice-prefeito.
Em caso de vacância de qualquer um dos cargos majoritários, Presidente, Governador ou Prefeito, nos 3 primeiros anos de mandato, deve haver uma eleição direta em até 90 dias.
Se a vacância ocorrer no último ano, a eleição é feita de forma indireta, em 30 dias.
Outra situação que está prevista é que o foro privilegiado a politicos vai acabar.
E estará limitado apenas ao Presidente da República, extinguindo as benesses a outros cargos.
Os mandatos de Ministros de Tribunais, inclusive do STF, vão ter uma durabilidade.
Para o Tribunal Eleitoral, de 4 anos, e para demais tribunais de 10.
Não deixa claro no texto, se os atuais Ministros seriam atingidos pela medida ou se teriam estes o mandato vitalício como garantido em Constituição.
A reforma Politica ainda prevê que o sistema adotado para a eleição de deputados, vereadores e senadores, será de um voto distrital misto, o que vai misturar listas fechadas de partido com um voto aberto em cada deputado.
Outra coisa que também deve mudar, é a data das posses.
Governadores e prefeitos seriam empossados em 6 de janeiro, Presidente da República no dia 7, e deputados em 1º de fevereiro de cada mandato.