Denúncia contra Temer
Entenda como fica caso com arquivamento de pedido para julgamento do Presidente
Guilherme Kalel
Redação Online
Por Kester 10 G
02/08/2017
Em maio, com base nas delações da JBS, o Presidente Michel Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da República, pelo crime de corrupção passiva.
Por conta disso, gerou um rito dentro da Câmara Federal, que encerrou-se na noite desta quarta-feira, 2.
No processo, os deputados decidiram sobre aceitar agora a investigação contra o Presidente, ou arquivar até que ele deixe o cargo.
Se tivessem aprovado a continuidade, Temer poderia se tornar réu, se o STF visse indícios de cometimento de crime, seria afastado, e se julgado e condenado, poderia
perder o mandato e ir para a cadeia.
No entanto, os parlamentares optaram por arquivar o caso, e nada disso vai acontecer.
Ao menos não agora, enquanto ele estiver Presidente.
Com o mandato previsto para encerrar em 31/12/2018, Michel Temer por causa do cargo que ocupa, não vai ser investigado por causa do arquivamento.
O prazo de prescrição será suspenso e não correrá mais.
A partir do momento que ele não for mais Presidente, então em 01/01/2019, Temer vai ter o caso reativo dentro do Supremo Tribunal Federal.
O STF vai então, encaminhar este caso para que um Juiz de Primeira Instância possa o analisar, pois não estando Presidente ele perde o foro privilegiado.
Vai ser este Juiz que vai definir, se há indícios que transformem Temer em réu, e sua eventual condenação e prisão.
Então, é incorreto afirmar que o caso foi arquivado e que Michel Temer não vai responder pelo crime que supostamente cometeu.
Ele será investigado sim, e se irregularidades forem encontradas, punido.
Na noite desta quarta-feira, os parlamentares rejeitaram por ampla maioria, o prosseguimento da denúncia contra o Presidente.
A base governista fez direitinho sua lição de casa e a oposição fracassou, em mais uma tentativa de derrotar o Presidente.
Desde que assumiu o poder no ano passado, mesmo em meio as piores crises, Michel Temer tem mostrado porque tem fama de bom articulador.
Já conseguiu passar no Congresso a Lei do Teto de Gastos, a Reforma Trabalhista e agora trabalha pela da Previdência.
Trabalhos que se cessaram por conta da denúncia, mas que a partir da semana que vem, devem ressurgir com força.
Mas para a Procuradoria Geral este não é o fim da caminhada contra o Presidente.
Rodrigo Janot, autor da denúncia derrotada nesta quarta, prepara outras peças contra o Presidente.
Segundo o Procurador, Michel Temer faz parte de uma organização criminosa, que vem esfacelando o país.