Paralisação geral ameaça deixar Brasil fechado na sexta
Sindicatos fazem movimentos contra reformas do governo Temer
Gabrielle Rial
27/04/2017
Uma mega paralisação convocada por sindicatos de diversas categorias, programada para esta sexta-feira, 28 de abril, promete fazer algo até então histórico no Brasil.
O objetivo é parar todos os seguimentos de trabalhadores, contra reformas propostas pelo governo do presidente Michel Temer.
As reformas seriam da Previdência e a Trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional e que precisam ser aprovadas para tirar o governo do atual sufoco e diminuir a crise vivenciada pelo país.
Os sindicatos prometem fechar bancos, instituições financeiras, escolas públicas e privadas e até hospitais.
Mesmo o setor de transportes públicos deve ser afetado pela mega paralisação e não trabalhar neste dia.
Segundo as empresas de transporte coletivo, os sindicatos ameaçam ir para portas de garagens, evitando a saída de motoristas e cobradores.
Por esta razão, a recomendação que está sendo dada aos trabalhadores é que não saíam do trabalho neste dia de greve geral.
O problema é que muitas empresas podem descontar o dia de serviço, já que 28 de abril é um dia normal de trabalho.
A greve seria mais viável, se ocorresse na segunda, 1º de maio, quando será feriado do trabalhador.
Porém, os sindicalistas acreditam que teriam maior impacto que se conseguissem paralisação na sexta, o que prolongaria o feriado de segunda.
Em São Paulo, o governo do estado conseguiu uma liminar na Justiça, que garante o funcionamento dos transportes coletivos.
Pela determinação judicial, empresas e seus trabalhadores não podem parar os transportes terrestres, ferroviários ou metroviários no estado, sob pena de multa de R$ 937 Mil por sindicato que descumprir a determinação.
Até a publicação desta reportagem, nem um sindicato se manifestou sobre a vitória do governo na Justiça frente a esta greve geral.