Hacker pede desculpa por ataques e pede para sair da cadeia

Hacker pede desculpa por ataques e pede para sair da cadeia
Ana Claudia Santos estaria grávida de 3 meses e pediu por clemência a Juíza que julga caso de invasão ao Grupo Kester
Larissa Mariana
12/04/2017


Acusada de invadir os sistemas do Grupo Kester de comunicação em 1º de abril, a Hacker e programadora de computadores Ana Claudia Santos, de 28 anos de idade,
encaminhou uma carta por meio de sua defesa, nesta quarta-feira, 12, ao poder judiciário que a julga e ao presidente do Grupo Kester Guilherme Kalel.
O documento tem a assinatura dela e explica os motivos que a levaram a fazer as invasões e postagens feitas, no dia em que os ataques foram executados.
Ana Claudia teria invadido o computador, o celular e o Facebook de Guilherme Kalel, e postado mensagens como se fosse o próprio as escrevendo.
Além de invadir o Facebook de Guilherme, retirado do ar por ordem da Justiça, Ana Claudia ainda teria usado o Whatsapp de Guilherme para conversar e compartilhar dados com seus contatos, ainda como se fosse ele por fazer.

A jovem disse na carta que está grávida de 3 meses de gestação, e pediu clemência a Juíza do caso, para que seu filho ou filha não nasça na cadeia.
Ela também pediu desculpas a Guilherme por todo transtorno causado e disse que jamais pensou que seria pega ou que poderia estar o fazendo tão mal como aparentemente o fez.
Ana Claudia disse em depoimento a policia, que foi procurada com o namorado pelos mandantes do ataque.
Eles ofereceram R$ 80 Mil para que executassem as invasões e destruíssem a imagem de Guilherme e do Grupo Kester.
A programadora de computadores aceitou fazer, porque achou um jeito fácil de ganhar dinheiro.
Ela autorizou que seu nome fosse divulgado e por isso somente hoje, 12 dias depois do ataque, o Grupo Kester publicou seu nome em suas páginas.
Até então por questão de uso indevido da imagem, o Grupo preservou os nomes dela, do namorado e dos mandantes dos ataques.
Com a autorização expressa da Hacker para ter seu nome divulgado, ele passou a ser de domínio público, explicou Mariana Monary, Executiva do Grupo.

Segundo ela, que leu a carta de Ana Claudia antes de encaminha-la a Guilherme Kalel, é o presidente que vai decidir o futuro da moça.
"Só o Kalel pode ou não perdoa-la. O que ela fez, o que fizeram, atingiu diretamente ao grupo e a ele principalmente, e é ele quem define o que vai acontecer."
O Grupo Kester processa os envolvidos e pede uma indenização por danos morais.
Já na esfera criminal, Ana Claudia responde a crimes de acordo com o código da internet.
A Juíza responsável pelo caso, Ana Claudia concorda em responder ao processo mas pediu a conversão de sua pena e prisão preventiva em prisão domiciliar, pelo fato de estar gestante e necessitar acompanhamento médico.
A Justiça não respondeu a petição da moça, mas para Mariana, advogada além de Executiva do Grupo Kester, uma eventual posição de Kalel pode pesar na eventual decisão judicial.