Ministério Público investiga causas de acidente que matou filho de Alckmin
Mais de dois anos depois do acidente, promotora discorda de tese do Cenipa
Eduarda Sampaio
15/04/2017
O Ministério Público de São Paulo, segue investigando por conta própria com uma equipe especializada, as causas que levaram em 2 de abril de 2015, ao acidente que matou Thomaz Alckmin, filho do governador do estado paulista Geraldo Alckmin.
O acidente aéreo aconteceu, minutos depois do helicóptero que Thomaz pilotava decolar.
Segundo o relatório final do Cenipa, Centro de Prevenção de Acidentes da Aeronáutica brasileira, a aeronave teve peças desconectadas antes da decolagem, o que propiciou a queda.
Para o MP, esta informação não procede e por isso a investigação segue.
A promotora que cuida do caso, sustenta que a aeronave não teria como decolar se estivesse com peças desconectadas.
O problema que causou a queda do helicóptero, só pode ter ocorrido depois da decolagem acontecer, ou por negligência dos mecânicos ou por outra razão que ainda é desconhecida.
Uma equipe técnica, auxilia o Ministério Público a tentar desvendar as causas do acidente, que além de Thomaz Alckmin, matou outras três pessoas.
Em nota, a Helipark, responsável pela manutenção da aeronave, disse concordar com o MP na tese de que o aparelho não decolou com peças desconectadas.
Desde que o relatório foi divulgado pelo Cenipa na semana passada, esta tese vem sendo refutada pela Heliparck.
A Policia Civil concluiu no ano passado o inquérito do acidente e indiciou cinco pessoas pela queda da aeronave, por homicídio culposo.
Mas a Justiça não aceitou o indiciamento e não os transformou em réus.
Para o MP e o Juiz do caso, haviam informações complementares que precisavam ser desvendadas e por isso há uma investigação em andamento desde outubro do ano passado.