Hackers receberam R$ 80 Mil para prejudicarem Grupo Kester
Larissa Mariana
Enviada especial a São Paulo
03/04/2017
Presos na manhã desta segunda-feira, 3, os Hackers que atacaram o Grupo Kester e seu presidente no fim de semana, revelaram a policia num primeiro momento que receberam R$ 80 Mil pelos ataques.
Parte do dinheiro foi paga em 25 de fevereiro, R$ 40 Mil, três dias antes das invasões começarem.
A outra metade do valor, seria entregue aos Hackers no dia 11 de abril, depois de terem terminado o serviço.
Os Hackers declararam a policia que não conheciam Kalel, nem o trabalho desenvolvido pelo Grupo Kester de comunicação.
E que foram contratados para executarem o serviço e aceitaram por dinheiro.
Quem os contratou, pediu que acabassem com a imagem e credibilidade do site e de seu presidente, numa forma de vingança pessoal.
Segundo os Hackers, eles recebiam textos que deveriam ser usados depois que invadissem as redes sociais de Guilherme, para fazerem publicações como se fossem ele publicando.
No entanto, para dar ainda mais impacto a armação, foi dos próprios Hackers a ideia de montar e-mails com conteúdo falso.
Para isso, usaram trechos de livros escritos por Guilherme para fazerem cartas de amor, e nome de pessoas com quem Guilherme mantinha contato profissional e pessoal.
As montagens passariam despercebidas a quem não conhecesse, e só poderiam ser reconhecidas por especialistas. Principalmente pelas datas que usaram.
Uma delas, datada de 20 de dezembro de 2016, Guilherme não poderia nunca ter escrito pois estava internado em São Paulo quando a mensagem foi enviada.
Mas os Hackers não sabiam desse detalhe, razão pela qual os e-mails rapidamente foram perceptivos como montados, destacou o delegado que cuida das investigações.
Na casa dos suspeitos, a policia apreendeu um vasto material e R$ 30 Mil em dinheiro.
Os outros R$ 10 Mil do pagamento já haviam sido gastos em passeios, roupas e na compra de um celular de última geração.
Com a prisão preventiva decretada nesta manhã, os Hackers devem permanecer na cadeia por tempo indeterminado.