Temer se fecha com Assessores e aliados após divulgação de conversa comprometedora

Temer se fecha com Assessores e aliados após divulgação de conversa comprometedora
Ester Marini
17/05/2017


O presidente da república Michel Temer, se fechou em uma reunião secreta pouco depois das 20h desta noite de quarta-feira, 17, no Palácio do Planalto.
Temer estava com aliados e Assessores, em seu gabinete no terceiro andar do Planalto, onde também estava o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia.

Até a publicação desta reportagem, as 21h33, a reunião prosseguia.
Ninguém repassou nem uma informação e reuniões do presidente com governadores foram canceladas na noite desta quarta-feira.

O Jornal O Globo publicou as 19h33 desta quarta, a denuncia exclusiva de que o dono da JBS, Joesley Batista, teria gravado Temer em diversas conversas.
Em uma delas, ele dava aval para que se pagasse uma mesada para o ex-deputado Eduardo Cunha, membro do PMDB, em troca de seu silêncio na prisão.
Joesley ainda teria acertado com Temer, pagamentos de outros R$ 500 Mil, que seriam deixados com um parlamentar determinado pelo presidente.
As conversas gravadas, foram entregues pelo dono da JBS a Procuradoria-Geral, em um processo de delação premiada na Lava Jato.
Para evitar prisões, a empresa procurou a Procuradoria em março e negociou desde então uma delação.

Em 10 de maio, os donos da empresa foram ao Supremo Tribunal Federal, onde em uma reunião a portas fechadas com o relator da operação, Ministro Edson Fachin, confirmaram o que dito nas delações.
Além de Michel Temer outro politico de renome que aparece gravado em conversas é o senador do PSDB Aécio Neves.
O tucano teria pedido R$ 2 Mi a Joesley, que pagou o dinheiro a um primo de Aécio.
A entrega foi filmada pela Policia Federal, e devia ser usada no futuro em uma operação que não tem data divulgada.

Em Brasília, o Congresso Nacional se tornou deserto pós a publicação da noticia.
As sessões da Câmara e do Senado foram encerradas, e Maia, presidente da Câmara, se trancou no Planalto com Temer e seus Assessores.
No Senado, ninguém quis comentar o caso.