Temer completa um ano no poder

Temer completa um ano no poder
Guilherme Kalel e Gabrielle Rial
Reportagem Especial
12/05/2017


Há exatos um ano, o Brasil via seu cenário politico mudar drasticamente.
A então presidente Dilma Rousseff, era afastada do comando do país temporariamente, após ter aprovado contra si o processo de Impeachment no Senado Federal.
Ela não conseguiu o apoio necessário para ficar no poder e teve de sair de cena.
Michel Temer, 75 anos de idade e reeleito vice-presidente na chapa de Dilma em 2014, entrou em seu lugar.
No primeiro dia como Presidente Interino, Temer deu posse aos 24 novos Ministros de seu governo e fez o primeiro pronunciamento como líder do país.
Ele disse que uma série de crises ameaçavam o Brasil, e que o governo precisava trabalhar para estanca-las.

Mas nas primeiras semanas de governo, uma série de coisas aconteceram.
O governo Temer foi bombardeado nas redes sociais, pois no seu Ministério não haviam mulheres ou negros.
Isto fez uma série de críticas contra o Presidente ecoarem pelas redes sociais.
Michel Temer recebeu deputadas da base aliada no Planalto, e tentou minimizar o problema.
Um de seus ministros mais próximos, se viu em meio a um escândalo da Lava Jato e pressionado teve de se demitir.
Mas foi o primeiro de uma série que saíram depois.

Temer sempre disse que o país estava em crise, e que medidas de austeridade precisavam ser interpostas.
A primeira delas, foi enviar ao Congresso Nacional, uma proposta que controla os gastos públicos por 20 anos.
Esses gastos de todos os poderes, foram limitados ao valor da inflação do ano anterior, auxiliando o governo se equilibrar.
O projeto foi amplamente discutido e facilmente aprovado no Congresso, graças a boa articulação de Michel Temer com o parlamento.
Temer ainda enviou uma reforma na educação, criando uma nova base para o ensino médio. A proposta recebeu resistência de algumas partes, mas de novo foi
aprovada pela articulação do Presidente. Já efetivado no cargo, depois de 31 de agosto quando Dilma foi finalmente cassada, o Pmdebista teve muitas coisas a administrar.
Além de Ministros envolvidos em esquemas de corrupção, o próprio presidente foi citado em delações como por exemplo nas da Odebrecht.
O desemprego continuou crescendo e hoje atinge 14,2 milhões de brasileiros.
Mas a inflação foi contida, graças a excelente equipe econômica montada pelo Presidente.

No final do ano passado, o governo enviou mais duas propostas que pretendem colocar o país nos trilhos.
Ambas são discutidas no Congresso e tratam da reforma Trabalhista e da Previdência.
A primeira já foi aprovada na Câmara e segue para o Senado, a segunda ainda está em discussão.
Entre as principais medidas, Temer defende regras mais rígidas para a aposentadoria, ou o INSS não terá recursos suficientes para pagar os beneficiários da Previdência em 2030.

Um ano se passou desde que Michel Temer assinou o termo de posse interina em 12 de maio de 2016.
E o presidente da república ainda se sustenta de pé. Embora tenha havido crises que tentassem o ruir, não conseguiram completar o processo.
Mas o desafio maior para Temer ainda está por vir, ele enfrenta um processo que pode culminar com sua cassação no TSE.
A chapa Dilma Temer foi acusada de receber propina em campanha em 2014, e de usar a máquina pública em favor da campanha presidencial.
Como Dilma já foi cassada pelo Impeachment, se provado que Temer também participou dessas ações, o presidente poderia perder seu cargo.
Se isso acontecesse, eleições indiretas feitas pelo Parlamento é que indicariam o presidente que assumiria o país até o término do mandato em 2018.