"Não renunciarei" Afirma Michel Temer em pronunciamento
Minutos antes presidente concedeu entrevista exclusiva a Reportagem do Grupo Kester
Ester Marini
Guilherme Kalel
18/05/2017
Na tarde desta quinta-feira, 18 de maio, direto do Palácio do Planalto em Brasília, o presidente Michel Temer realizou um pronunciamento a nação e a jornalistas.
O objetivo, falar a respeito da delação premiada de executivos e donos da JBS, que o implicam diretamente em conversas supostamente gravadas.
O presidente do Brasil disse, em um discurso de tom firme e emocionado, que nesta semana seu governo viveu seu pior e melhor momento.
Melhor por causa dos indicadores da inflação e da retomada da economia, e pior por conta das delações que vieram a tona na noite desta quarta-feira.
Michel Temer disse que não vai renunciar ao mandato de presidente, e que não teme nem uma delação.
Disse ainda que está ciente de cada um dos atos que praticou, e que nunca pediu ou autorizou que fizessem em seu nome, pedidos de recursos para comprar o silêncio de ninguém.
Temer disse ainda, que exige que as investigações referentes ao tema sejam rápidas, para mostrar ao povo brasileiro e a Justiça, sua inocência.
"Se as gravações clandestinas foram rápidas suficiente para condenar, que as investigações sejam tão rápidas quanto para mostrar a verdade", declarou o presidente.
Minutos antes de fazer o pronunciamento, Michel Temer concedeu entrevista exclusiva a Reportagem do Grupo Kester.
Ele falou ao núcleo de politica da equipe, formado pelos jornalistas Ester Marini, Gabrielle Rial, Guilherme Kalel e Leandro Goldman.
Ester estava em Brasília, e demais jornalistas em teleconferência por meio do mensageiro online Integra, de propriedade do Grupo Kester.
Todo conteúdo da entrevista de Temer, deve ser divulgado em breve, disse Leticia Corsi, diretora de reportagens e marketing do Grupo, e que coordenou a entrevista.
Foi a primeira vez que o presidente falou a um jornal abertamente a respeito da delação.
Mais uma vez firme em suas respostas, estava sempre convicto que não pediu compra de silêncio de Eduardo Cunha.