Opinião - O poder dos jornais e sua influencia sobre o povo

Opinião - O poder dos jornais e sua influencia sobre o povo
Guilherme Kalel
22/05/2017


No Brasil para se ser jornalista não se necessita diploma desde 2009.
Uma decisão sábia na minha modesta opinião.
Um jornalista não é aquele que passa 4 anos numa faculdade, aprendendo coisas que na prática são bem diferentes do que a teoria.
Um jornalista é aquele que tem habilidade com as palavras e com as pessoas, que consegue apurar os fatos que lhe são narrados e que pauta sempre pela veracidade das coisas.

Em 2005, aos meus 14 anos de idade, prestes a completar 15, já sabia o que eu queria ser. Jornalista.
Pautei os anos seguintes em ver como era, acompanhar os jornais, ver a influencia que cada um poderia exercer na vida das pessoas.
Particularmente nunca fui um fã número um, do jornalismo apresentado pela TV Globo, sempre declarei isso publicamente, aquela época preferia a Record.
Tanto que assistia pouco o Jornal Nacional, um dos telejornais mais assistidos no Brasil se não o mais deles.
Preferia ver o da Record, que naquele momento além da noticia trazia um comentário sobre ela. Sempre gostei disso, jornalismo com opinião.
Você tem que ter opinião das coisas e precisa defender seus ideais. Mas não pode confundir isso com denegrir a imagem dos outros.
Não é porque eu não gosto de um politico, que eu só vou fazer matérias detonando ele, isso é imoral.
Eu tenho que fazer as coisas conforme elas regem, quando tiver que falar mal fale, e quando tiver que falar bem que seja feita a Justiça e que seja falado.
Exemplo disso ocorreu comigo em 2015. Nunca fui muito de acordo com o atendimento prestado pela Santa Casa de Franca.
O hospital deixa muito a desejar e muitas das vezes não coloca em primeiro lugar seus pacientes.
Já foram muitas mortes ali narradas pela imprensa, que nunca tiveram um desdobramento, ninguém foi punido ou afastado de suas funções.
Entretanto, reconheci publicamente que não são todos que agem assim, toda regra tem sua exceção.
No hospital ainda há gente de bem, enfermeiras e médicos dedicados que fazem a diferença e eu senti isso na pele.
Fiz Justiça, escrevi na época em meu Blog pessoal falando sobre isto.

Continuando a questão jornalística, em 2007 decidi que queria seguir a carreira da comunicação online.
Por que? Porque vi o potencial que a internet tinha e consegui enxergar através de análises, que chegaria o dia em que tudo seria feito assim.
As pessoas trocariam o impresso pelo computador e transformariam portais de noticia como seus meios de informação.
Junto a meu professor de informática Luis Quirino, também deficiente visual assim como eu, desenvolvi meu primeiro website.
Era um website pessoal misturado com uma revista online semanal, atualizado semanalmente. Entrou no ar em 07/07/2007, portanto há quase 10 anos.
Por causa daquele projeto eu cheguei onde hoje estou, pessoas começaram a se interessar pela minha ideia, formamos uma equipe, fomos evoluindo, criamos um portal de noticias, hoje estamos aqui.
Em julho próximo farei 10 anos de carreira.
Neste período passei pela faculdade, vi o STF derrubar a exigência do diploma para se exercer jornalismo, e como dito acima, concordei com a ação.
Sou jornalista por paixão e aprendizado, na prática, não na teoria. E vi isso desde cedo, dentro do jornal onde estagiei, com meu portal de noticias, com as reportagens que escrevemos ao longo deste tempo.
Sou tão jornalista quanto qualquer membro de jornais de renome, como Folha ou O Globo.
Aprendi desde cedo, a necessidade de se avaliar o que se escreve, tanto ao emitir uma opinião quanto durante a elaboração de uma reportagem.

O jornalista é um formador de opinião, as pessoas se baseiam no que você escreve, para fazerem o julgamento das outras pessoas.
Uma reportagem bem trabalhada, esclarecedora, é importante para isto.
Mas infelizmente não são todos os veículos de comunicação que agem assim.
Muitos estão preocupados com o dinheiro, com a publicidade, com o quanto jornal vão vender.
De forma nem uma eu tenho vergonha ou medo de dizer.
Já me procuraram com propostas absurdas para publicar ou não publicar reportagens. Mas eu e meu Grupo de comunicação, nós não estamos a venda.
Publicamos a noticia de credibilidade, da forma como ela acontece, seja ela qual for.
E isso já nos custou caro. Recentemente fomos alvo de um atentado cibernético provocado por membros de uma seita religiosa, porque não estavam de acordo com as noticias que veiculamos sobre eles.
Tentaram nos destruir, nos calar. Mas somos mais fortes do que isso e eu tenho mais bagagem do que isso no curriculum.
Então, de jeito nem um isso me abateria. O que fazer? Erguer a cabeça, corrigir falhas e seguir em frente.
E todas as vezes que tivermos de falar sobre, falaremos.
Em 2015, tinha um patrocinador, que não gostou muito das reportagens que veiculamos sobre sua presidente.
O resultado, perdemos o patrocínio, porque não estávamos dispostos a fechar os olhos para as coisas erradas que estavam sendo praticadas.
Mas eu prefiro perder o patrocinador, do que perder a minha dignidade.
Como eu escrevi dia desses, a frase que se viralisou dentro da equipe e que repercute entre nossos atuais patrocinadores, "A maldade humana não pode ser maior do que a força da verdade".
Partindo desta máxima, a gente segue o caminho correto com responsabilidade.
De novo, somos formadores de opinião, e hoje sabemos, 400 mil pessoas escolheram nosso Portal para ser seu veículo de comunicação.
Não que não leiam outros, mas eles também nos acessam, e isso mostra que nosso trabalho está no correto caminho. Não tivesse não teríamos êxito.
Não me tornei jornalista para ser rico, me preocupar com a publicidade ou o dinheiro.
Me tornei jornalista para mostrar as pessoas as coisas como elas são.
E neste processo, emitir minha opinião sobre os diversos assuntos e ajudar as pessoas a formarem as suas próprias.
Ajudar a formarem, não induzi-las.

Sobre o jornalismo da TV Globo, 10 anos depois, as coisas mudaram um pouco.
Ainda não assisto o Jornal Nacional, ainda não gosto do jornalismo que praticam.
Mas no tocante a especializados, entendo que a Globonews possue o maior acervo jornalístico da atualidade.
O canal trás noticias o tempo todo, em tempo real, com jornalistas de renome.
Gosto deles, mas nem por isso aprovo todas as reportagens veiculadas, porque de novo, são formadores de opinião.
E nem sempre um jornal busca formar, prefere induzir.

A análise final conclue portanto, que todos nós devemos observar, principalmente os jornalistas, o que estamos publicando em nossas páginas.
Num país corrupto, onde escândalos surgem a cada dia mais, não podemos deixar-nos manchar por essa reputação.
Jornalista que é jornalista, não se vende, não se entrega, não teme. Faz o seu trabalho independente de quem vá atingir no processo.
Não pede contribuições generosas ou cobra valores milionários para veicular anúncios, está preocupado com o bem do país e das pessoas, porque busca formar uma sociedade mais justa e correta.
O trabalho é difícil e árduo, mas não é impossível de ser executado.
guilherme@kester.net.br