Ciberataques afetaram mais de 200 mil computadores em 150 países, diz Europol

Ciberataques afetaram mais de 200 mil computadores em 150 países, diz Europol
Policia Europeia acredita que mais contabilizações serão feitas nesta segunda
Giovana Miccelann
15/05/2017


A Policia Europeia disse neste domingo, 14, que deve montar uma grande investigação para tentar identificar o grupo de Hackers que protagonizou o maior ataque digital da historia.
Ao todo, 150 países tiveram problemas contabilizados, em uma média de 200 mil computadores infectados.
O número pode subir ainda mais, porque nesta segunda-feira, 15, mais máquinas podem registrar a infecção quando as pessoas chegarem para o trabalho.
A policia disse que o grupo que efetuou os ataques, podem ser considerados Hackers, mas descartou que estejam ligados em algum grupo terrorista.
Para o chefe da Europol, esses ataques coordenados e imitados em muitos países, acontecem para que os Hackers possam ganhar dinheiro de uma maneira fácil e rápida, sem serem rastreados.
O vírus que afetou tantas pessoas e empresas, começou a agir na tarde de sexta-feira, 12 de maio.
Na oportunidade, 45 mil ataques foram registrados em 75 diferentes países, inclusive no Brasil.
Depois, este número foi sendo atualizado até chegar nos valores atuais.

Os computadores foram infectados com um vírus de resgate, chamado Wannacry, desenvolvido a partir de uma falha de segurança do sistema operacional Windows da Microsoft.
A empresa sabia da falha, e emitiu uma atualização de segurança em 14 de março, mas não avisou a seus usuários, nem mesmo os corporativos, que precisavam fazer urgente a atualização.
Então, quem tinha em seu sistema operacional o Windows 7, 8.1 ou o 10, e não atualizou nos últimoos 2 meses, está sucetível a estar infectado.
O vírus uma vez no computador, sequestra os dados da máquina, e só o libera mediante a um pagamento de resgate.
Os Hackers cobravam US$ 300,00 o equivalente a R$ 950,00 por computador.

Os primeiros relatos de invasão começaram no sistema de saúde pública da Inglaterra.
Depois foi a vez da empresa espanhola Telefônica registrar ataques, logo isso se espalhou pelo mundo e chegou ao Brasil.
Por aqui, sites do poder judiciário e do INSS, foram retirados do ar e computadores dessas organizações desligados, depois que foram sequestrados seus dados.
A rede de hospitais Santa Clara, pertencente a marca Miccelann Corporation, também registrou ataques em seus computadores.
Em São Paulo, Porto Alegre e Berlin, na Alemanha, a empresa registrou problemas.
Por causa disso, demais computadores da Miccelann foram desligados na sexta-feira, e só retornaram suas atividades no final da tarde de sábado, quando a empresa verificou ser seguro.