Fachin nega pedido de prisão de Aécio Neves e não levará caso ao Plenário da Corte

Fachin nega pedido de prisão de Aécio Neves e não levará caso ao Plenário da Corte
Ministro também homologou nesta manhã delação da JBS
Gabrielle Rial
18/05/2017


O Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, decidiu no final desta manhã de quinta-feira, 18, negar o pedido de prisão feito pela Procuradoria Geral da República, contra o senador do PSDB Aécio Neves.
Fachin determinou o afastamento de Aécio do Senado, mas manteve o senador em liberdade.
Inicialmente ele havia sinalizado deixar a decisão ir a Plenário para ser decidida, mas voltou atrás.
O pedido foi negado e só será apreciado pelos demais Ministros do STF, se o Procurador da República Rodrigo Janot, recorrer da decisão.

Nesta manhã de quinta-feira também, Fachin decidiu homologar as delações feitas pelos donos da JBS.
Isto significa que o que os irmãos Batista contaram a Justiça, tem validade e provas que sustentam as versões.
Nesta quarta-feira, 17, o Jornal O Globo revelou que a delação teria sido feita e confirmada na semana passada, em 10 de maio.
Os donos da JBS, teriam gravado o senador Aécio Neves, pedindo R$ 2 Mi em propinas, que foram pagas pelo grupo.
Joesley Batista, um dos donos, ainda reiterou ter gravado o presidente Michel Temer, em uma conversa onde ele pede que seja pago para o ex-deputado Eduardo Cunha, uma mesada na prisão.
O motivo do pagamento, para que Cunha não fizesse nem um movimento de delação premiada.

As noticias repercutiram de forma negativa no Brasil e no mundo.
Aécio foi alvo de uma operação policial nesta manhã de quinta-feira, e sua irmã foi presa pela PF.
Já Temer, disse que recebeu Joesley Batista no Palácio do Jaburu para conversar em março.
Não disse o teor da conversa, mas reiterou que nunca pediu que fosse comprado o silêncio de Eduardo Cunha.
O presidente não tinha ideia de que o encontro estava sendo gravado, e se disse hoje pela manhã, vítima de uma conspiração.