Policia Federal deflagra operação contra Aécio Neves
Gabrielle Rial
18/05/2017
A Policia Federal e o Ministério Público, deflagraram na manhã desta quinta-feira, 18 de maio, uma operação contra o senador da república Aécio Neves, do PSDB.
A operação, visa encontrar documentos e demais provas contra o senador, em endereços do mesmo no Rio de Janeiro e em seu gabinete em Brasília.
Além de Aécio, sua irmã Andrea Neves é alvo da operação.
Contra ela inclusive, há um mandado de prisão temporária para ser cumprido.
Por volta de 6 da manhã, agentes federais chegaram a um apartamento em Ipanema, de propriedade de Aécio.
Não havia ninguém em casa e um chaveiro foi chamado para abrir a porta.
Os policiais entraram na residência e fizeram apreensões, mas não revelaram o que foi apreendido.
Depois, agentes federais foram ao apartamento de Andrea Neves, onde também não havia ninguém em casa.
Com um novo chaveiro, entraram no local e fizeram mais apreensões, mas a irmã do senador não foi localizada.
Em Brasília, por volta de 6h15, agentes federais e da Procuradoria da República, chegaram ao gabinete de Aécio Neves.
Foram feitas buscas e apreensões no local, e também foi revistado o gabinete do senador Zezé Perrela, de Minas Gerais.
Outro alvo foi o deputado federal Rodrigo Loures, que também teve o gabinete revistado nesta manhã de quinta-feira.
No Rio, um ex-assessor de Eduardo Cunha também foi alvo de busca e apreensão da Policia Federal.
Aécio ainda não comentou as buscas e nem o mandado de prisão da irmã.
Sua Assessoria ou o senador, não foram encontrados até a publicação desta reportagem.
A operação desta manhã foi deflagrada, após os donos da JBS fazerem uma delação premiada ao STF, na operação Lava Jato.
Aécio Neves foi acusado por Joesley Batista, dono da JBS, de pedir R$ 2 Mi em pagamento de propinas.
A empresa, maior produtora de carnes do Brasil, teria concordado e pagado o valor ao senador.
A conversa em que Aécio pede a propina, foi gravada por Joesley e apresentada como prova em seu depoimento de delação.
Junto com esta conversa, o dono da JBS ainda apresentou uma segunda conversa que gerou grande repercussão nesta quarta, 17.
Trata-se de uma conversa gravada, em que o presidente Michel Temer dava aval, para que o ex-deputado Eduardo Cunha fosse pago na prisão, para que não fizesse uma delação premiada.
Mais bombástica do que a delação da Odebrecht, poderia ser o potencial destruidor de Cunha.
Mas especialistas agora avaliam, que pior do que pagar pelo seu silêncio, foi Temer conversar com Joesley, e ser gravado sem saber que era.
Isto pode inviabilizar o governo e torna a situação do presidente da república insustentável, avaliaram interlocutores na noite de ontem.