Governo Temer tem espinhosa batalha pela frente para conceder reajustes a servidores
Ester Marini
14/11/2016
O governo do presidente Michel Temer vem enfrentando nos bastidores, sem fazer muito alarde, um problema que deve ganhar mais notoriedade nos próximos dias.
Trata-se de reajuste aos servidores federais de diversas carreiras, que estão bastante insatisfeitos com o tratamento dado pela União para com suas causas.
O governo federal já encaminhou a Câmara, propostas de reajustes de algumas dessas categorias, mas essas propostas ainda não foram colocadas em votação.
Na semana passada, o presidente da casa Rodrigo Maia, disse ao governo que não colocaria mais nem uma proposta de reajuste para ser votada neste ano, além daquelas que o governo já enviou e que já foram ou serão votadas ainda até dezembro.
A declaração polêmica, fez acender uma luz vermelha no Palácio do Planalto, com servidores pressionando o governo por seus aumentos.
O governo busca reajustar salário de servidores, ao mesmo tempo que tenta aprovar no Congresso uma proposta que limita os gastos públicos do próprio governo por um período de 20 anos.
Para o governo, essas propostas não entram em conflito, porque os reajustes já foram calculados nos orçamentos como se já concedidos.
O governo Temer ainda destacou, que cada um desses reajustes haviam sido negociados com sua antecessora ao cargo, a presidente afastada Dilma Rousseff.
As categorias haviam negociado esses reajustes que seriam escalonados em 4 anos com a petista, antes de Temer chegar ao poder interino em 12 de maio, e definitivo em 31 de agosto.
O governo federal defende que esses reajustes sejam mantidos porque já foram negociados, mas não fala como resolver a questão das demais categorias que pedem reajuste salarial.
Caso por exemplo dos médicos peritos do INSS, que dizem terem negociado aumentos com Dilma, mas não viram até agora esses aumentos serem pagos ou virarem propostas de pagamentos pela União.