Luto pela perda deixa Chapecó com outra cara nesta terça
Malu Cameron
Enviada especial a Chapecó
30/11/2016
A cidade de Chapecó, no oeste de Santa Catarina, parou nesta terça-feira, 29.
O município de cerca de 210 mil habitantes, sente na pele a dor de perder jogadores e a comissão técnica do time de futebol da cidade, em um trágico acidente aéreo na Colômbia.
Na manhã desta terça-feira, depois que as noticias começaram a se difundir pela mídia, o cenário da cidade começou a mudar.
No fim do dia, casas e estabelecimentos comerciais estavam enlutados, com laços pretos ou faixas em suas portas.
A camisa do time e o brasão, também passaram a fazer parte das vitrines das lojas, em sinal de respeito a tragédia e de luto pelo que aconteceu.
Torcedores do time realizaram uma caminhada vestidos com o uniforme da Chapecoense, na principal avenida do município.
Eles fizeram vigília no estádio e depois participaram de uma missa na catedral da cidade pela alma dos que partiram.
A tragédia matou 71 pessoas entre delegação do Chapecoense, jornalistas e tripulantes.
Outras seis pessoas foram resgatadas com vida e seguem internadas em estado grave.
A cidade decretou luto de 30 dias e o prefeito embarcou para a Colômbia ainda na terça-feira, segundo informações conseguidas pelo A3.
Ele deveria ter viajado com o time, mas acabou não indo na última hora.
O filho do técnico Caio Jr, também deveria ter ido na viagem, mas esqueceu o passaporte e acabou ficando de fora, escapando do acidente.
O time jogaria na Colômbia contra o Atlético Nacional de Medellín, a primeira partida da final da Copa Sul-americana.
Por causa da tragédia, o clube colombiano chegou a pedir oficialmente que a Comebol, organizadora do evento, conceda o título ao Chapecoense, com um gol honorário feito pela perda dos jogadores e comissão técnica do time.
Além disso, se a Comebol aceitar o pedido, o time de Santa Catarina vai estar na Libertadores da América em 2017.
O Portal A3 Noticias chegou a cidade de Chapecó, e acompanhou parte deste dia triste na tarde de terça-feira.
Nas ruas, pessoas cabisbaixa e com pouca conversa.
As lojas tinham funcionários enlutados e que iam as lágrimas cada vez que relembravam o que estava acontecendo.
Alguns estabelecimentos chegaram a abrir suas portas, mas fecharam mais cedo pela falta de condição de trabalho dos funcionários.