Primeiro dia de Júri tem depoimento de babás e choro de Elize
Leticia Corsi
Enviada especial a São Paulo
29/11/2016
Na manhã desta segunda-feira, 28, começou no Forum da Barra Funda em São Paulo, o Júri Popular de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido em 19/05/2012, Marcos Matsunaga.
O crime chocou o país pela brutalidade com que foi cometido e chega a seu julgamento quatro anos depois.
No primeiro dia, foram ouvidas testemunhas de acusação do caso, duas babás e o irmão de Marcos prestaram depoimento a Justiça e falaram sobre o relacionamento do casal.
As babás negaram terem visto Marcos agredir Elize, como corrobora a tese da defesa para explicar o homicídio brutal.
Uma das babás disse ainda, que dias antes do crime acontecer, Elize comprou uma serra elétrica, o que provocou bastante discussão entre defesa e acusação da ré.
Em alguns momentos do dia, o julgamento foi marcado pelo choro de Elize, que em algumas situações se mostrou compulsivo.
O caso
Em 19/05/2012, Elize Matsunaga assassinou e esquartejou o marido e empresário Marcos Matsunaga em São Paulo.
Depois de esquarteja-lo, a mulher ainda colocou seus restos em malas e saiu do prédio em que morava com ele, espalhando os restos mortais de Marcos em diferentes pontos na grande SP.
Elize confessou o crime, mas alega em sua defesa que um detetive contratado por ela a revelou estar sendo traída por Marcos com uma prostituta.
Elize alega então que confrontou o marido, foi agredida e usou a arma para se defender. Assustada ao ver que atirou e matou o esposo, ela teria o esquartejado
numa atitude de reflexo de susto.
Já o Ministério Público, defende que o crime foi premeditado para que a mulher tivesse acesso a um seguro de vida de R$ 600 Mil feito pelo marido.
O MP e a Polícia Civil, concordam que Elize Matsunaga cometeu homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima.
Acrescem no curriculum ainda, o crime de ocultação de cadáver e provas, já que ela tentou se desfazer dos restos mortais de Marcos.
Nesta terça-feira, mais testemunhas devem ser ouvidas no segundo dia de Júri. A previsão é que o julgamento siga pelo menos até sexta-feira, 2 de dezembro.