Senado gastou R$ 400 Mil na compra de equipamentos para varrer escutas
Ester Marini
22/10/2016
Na manhã desta sexta-feira, 21, uma operação da Polícia Federal, prendeu 4 agentes da Polícia Legislativa do Senado, entre eles o diretor da equipe.
Eles são acusados de obstruírem investigações da Lava Jato, usando equipamentos para varrer escutas instaladas nas casas de senadores com autorização da Justiça.
A denuncia chegou a conhecimento das autoridades, depois que 2 policiais resolveram delatar a operação que acontecia dentro do Senado Federal, por não concordarem com o esquema.
Os policiais contaram a polícia e ao Ministério Público, que os policiais eram obrigados a agir em favor de senadores quando estes solicitavam varreduras em seus endereços, dentro e fora de Brasília.
Um dos pedidos foi feito por Gleisi Hofmann do PT, que é investigada na Lava Jato junto com o marido Paulo Bernardo.
Gleisi confirmou nesta sexta depois da operação, que pediu oficialmente ao presidente do Senado para que fosse feita uma varredura em seus endereços de Brasília e Curitiba.
Segundo ela, a varredura seria para identificar grampos ilegais.
Para que pudessem fazer a varredura dos grampos, os policiais precisaram usar um equipamento de última geração chamado de maleta.
Com ele é possível fazer ou remover grampos, mas segundo a Polícia Federal, a equipe de segurança do Senado não possue legalidade para ter este tipo de equipamento.
Para adquirir a maleta, ou todas que foram compradas, o Senado Federal gastou R$ 400 Mil, assim que senadores começaram a virar réus na Lava Jato.
O presidente da casa Renan Calheiros, defendeu a Polícia Legislativa e a legitimidade da ação da varredura para procurar grampos ilegais.