Contas de Dilma e Temer podem ser julgadas em separado no TSE
Ester Marini
18/10/2016
Apesar de ter sofrido Impeachment, a ex-presidente Dilma Rousseff ainda é pauta judicial.
Ela enfrenta uma ação no Tribunal Superior Eleitoral, proposta pelo PSDB em 2015, que acusa a chapa eleita com ela e o vice na época e hoje presidente Michel Temer, de terem recebido doações ilícitas para as campanhas.
Parte do dinheiro segundo a ação, teria vindo de pagamentos de propina de desvios na Petrobras.
Apesar de ter perdido seu cargo pelo Impeachment, Dilma pode ser julgada no TSE e pode ser tornada inelegível, se o Tribunal entender que houve ilegalidades na sua campanha.
Atualmente, o processo está em fase de ouvir testemunhas e dificilmente vai ser julgado em 2016.
O que pode mudar todo o processo, é que os advogados de Michel Temer pediram e o Tribunal pode atender, para que as contas de Dilma e Temer sejam julgadas em separado.
Os advogados do presidente sustentam que não houveram recursos da Petrobras na sua campanha, e que as doações conseguidas pelo PMDB foram legítimas.
Se isso ficar comprovado, apenas Dilma teria cometido crime e só ela perderia os direitos.
Mas se o TSE apontar que Temer também teve culpa no cartório, o presidente pode ser cassado e ficar inelegível por até 8 anos.
Como não há expectativa deste julgamento acontecer ainda este ano, se Temer for cassado o Brasil vai ter uma eleição indireta para a presidência.
Neste caso, o Congresso é quem vai escolher o novo comandante do país.