Reforma da Educação é publicada em Diário Oficial
Leandro Goldman
23/09/2016
O governo federal publicou nesta sexta-feira, 23, em edição extra do Diário Oficial da União, o texto da MP da Reforma da Educação, que foi apresentado na tarde desta quinta-feira, 22.
Pelo novo texto, mudanças devem ser realizadas no ensino médio, a partir dos anos de 2017 e 2018, afim de transformar a educação em todo o país.
O ensino médio brasileiro, teria mais cara de um ensino oferecido nos Estados Unidos por exemplo, com a queda de disciplinas obrigatórias, e com a possibilidade
de algumas matérias serem seguidas apenas por alunos com interesse em seguir formação nas respectivas áreas.
Outra mudança que deve acontecer, é na carga horária do ensino médio, que passará a ser apresentado em período integral.
Esta medida é polêmica, bem como outros pontos do texto. Neste caso em específico, estados terão de construir num curto espaço de tempo, mais escolas para que possam dar conta da alta demanda de estudantes.
Com o ensino em tempo integral, algumas escolas que dividem seus turnos entre ensino médio e fundamental em dois períodos, teriam de deixar de fazê-lo.
Como aumentará a carga horária, também não vai mais existir o ensino médio no período noturno, o que deve prejudicar alguns estudantes que trabalham durante o dia.
O Ministério da Educação, promete fazer um ensino médio mais atrativo, afim de evitar a evasão escolar.
Além disso, constam na reforma como disciplinas obrigatórias apenas Português, Matemática e Inglês.
Demais matérias não constam na base, mas o Ministério disse que isso não significa que elas não seriam obrigatórias.
Para o Ministério da Educação, é em 2017 quando um plano nacional de Educação será lançado, que esta questão será definida.
O governo federal trabalha numa base curricular comum, que será empregada por todas as escolas, sejam elas públicas ou particulares.
O texto apresentado como reforma, divide opiniões e trouxe muita polêmica desde que foi lançado nesta tarde de quinta-feira.
Como é uma Medida Provisória, o texto tem 120 dias a contar desta sexta-feira, 23, para ser votado na Câmara e no Senado.
Se deputados e senadores rejeitarem a proposta, ou ela não for votada no período, a medida perde sua validade e o curriculum volta a ser como era antes.
É exatamente por esta razão, que muito provável que as medidas não sejam implementadas em 2017, mas sim para as turmas a partir de 2018.