Família Real vai ao STF contra decisão que manteve Dilma elegível
Leandro Goldman
01/09/2016
A Família Real brasileira parece ter entrado na briga pelo Impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Um grupo de 12 pessoas protocolou nesta quinta-feira, 1º, no Supremo Tribunal Federal, uma ação que pede nulidade da votação do Senado que manteve Dilma habilitada a exercer funções públicas.
Entre os integrantes deste grupo, está Luiz Philippe de Orleans e Bragança, sobrinho de Dom Luiz de Orleans e Bragança, membro da Família Real brasileira.
Segundo defende a ação proposta no STF, a constituição brasileira é clara quanto a um processo de Impeachment. Ao perder o cargo, o presidente perde também seus direitos politicos por 8 anos, o que não aconteceu com Dilma.
Apesar de condena-la a perder o mandato, o Senado numa decisão inédita e polêmica, não a deixou inabilitada para exercer funções públicas.
Ela recebeu 42 votos para ser inabilitada e 36 contra, mas não atingiu o coro mínimo exigido para que a proposta não fosse aprovada. Para perder seus direitos,
Dilma precisava ter recebido 54 dos 81 votos.
A decisão tomada pelo Senado nesta quarta, depois de cassar Dilma, gerou grande polêmica.
Muitos partidos politicos e o próprio presidente Michel Temer, falaram em recorrer ao STF para anular essa decisão dos senadores.
Mas muitas pessoas desistiram da ação, depois que juristas orientaram que esta recorrida poderia gerar margem para a defesa de Dilma contestar a decisão soberana do Senado também no STF.
Na manhã desta quinta, a defesa de Dilma já recorreu da decisão para tentar anular a sessão que cassou a ex-presidente da república.