Semana começa com protestos e paralisação no ES
Policiais começam a se apresentar para trabalhar diretamente nas ruas para escapar de bloqueios em quartéis
Leticia Corsi
13/02/2017
Policiais militares no Espírito Santo, se apresentam para o trabalho desde este domingo, 12, diretamente nas ruas.
O objetivo é não passarem pelos quartéis, que estão bloqueados por familiares dos PMs que fazem protestos e impedem as saídas dos batalhões.
Nas ruas, eles trabalham fardados mas sem usarem as viaturas, o que dificulta um pouco mais a segurança no local, reforçada por homens das forças armadas.
Nesta segunda-feira, 13, é possível que o comercio volte a abrir suas portas e que unidades de saúde e de escolas voltem a operar no estado.
Desde 4 de fevereiro, o estado vive um caos sem policiamento nas ruas por causa de um protesto por melhores condições de trabalho.
Mulheres dos policiais e demais familiares, bloqueiam entradas de quartéis impedindo os agentes de saírem as ruas.
Por causa disso, o governo federal enviou tropas para reforçar a segurança, já que uma onda de violência se espalhou pelo Espírito Santo.
Do dia 4 de fevereiro até o dia 12, foram 144 mortes violentas além de assaltos e saques, por causa da falta de policiais nas ruas.
Os dados são da Polícia Civil, que segue trabalhando mas que possue pessoas insuficientes para dar conta da demanda gerada com a paralisação.
Os Policiais Militares não podem fazer greve por determinação da lei, e a Justiça considerou a paralisação das famílias ilegais.
Mas mesmo assim, os bloqueios ainda continuavam acontecendo, até a publicação desta reportagem.
O governo do estado alega que não pode atender as reivindicações de aumento salarial, mas que está disposto a conversar com os PMs e seus familiares, desde que
as entradas dos quartéis sejam desobstruídas.
Na última sexta, 10, houve uma reunião entre o governo e as mulheres dos policiais, onde se tentou chegar num consenso.
Mas não foi possível acordo e o bloqueio continuou pelo fim de semana.