Crise no Espírito Santo entra em sétimo dia sem policiais nas ruas
MPF pode pedir ressarcimento aos cofres da União para líderes de movimento
Leticia Corsi
10/02/2017
Nesta sexta-feira, 10, completam-se sete dias que a Polícia Militar não saí as ruas no Espírito Santo.
Desde 4 de fevereiro, familiares dos PMs bloqueiam as saídas de quartéis em todo estado capixaba, num protesto por aumento salarial.
O governo diz que não possue condições para fornecer aumento, e reitera que não vai negociar nada enquanto os policiais não voltarem ao trabalho.
A categoria é proibida por lei de fazer greve e por esta razão os familiares dos policiais assumiram o movimento, os impedindo de trabalhar.
Desde que a paralisação começou, mais de 106 pessoas foram assassinadas de maneira violenta na grande Vitória.
Além de mortes, houveram registros de saques e assaltos sem o policiamento nas ruas.
O governo do estado pediu apoio das tropas federais de segurança, e o Exército e a Força Nacional, foram para as ruas do estado.
Ao todo, cerca de 1200 homens reforçam a segurança e mais devem chegar ainda nesta sexta-feira.
O objetivo da operação, é garantir a lei e a ordem no estado.
O Ministério Público Federal por sua vez, quer a identificação dos líderes do movimento para responsabiliza-los pela paralisação.
A Justiça estadual decretou esta uma greve ilegal, e os policiais já deveriam estar trabalhando.
Como isso não aconteceu, o MPF vai pedir ao identificar os líderes, que estes paguem pelos gastos da União com o envio das tropas federais ao estado.
Pelo código Civil, se ficar comprovado a ilegalidade da paralisação e se identificado seus líderes, estes podem ser responsabilizados pelo ato.