Cictc tem disputa entre brasileiras por comando da mesa diretora hoje

Cictc tem disputa entre brasileiras por comando da mesa diretora hoje
Giovana Miccelann
Enviada especial a Los Angeles
12/01/2017


O Congresso Internacional de Combate aos Tumores Cerebrais nos Estados Unidos, chega ao fim nesta quinta-feira, 12.
Mas o dia não vai ser dedicado a nem uma discussão de combate a cancros nesta quinta-feira.
A data é marcada para eleger o novo conselho diretor do Congresso, que comandará sua mesa diretora pelos próximos dois anos.
Numa disputa muito acirrada, e pela primeira vez, apenas duas médicas disputam a presidência da mesa.
As duas são brasileiras e embora uma tenha já presidido o Cictc, outra aposta na chegada e na inovação para comandar os trabalhos.

Karen Maryanna Alckmin, presidiu o Cictc de 2013 a 2016.
Estaria presidindo até hoje e seu mandato se encerraria nesta quinta-feira, se não tivesse o renunciado em março de 2016.
A médica teve problemas de saúde e precisou se afastar da carreira, retomando seus trabalhos somente em julho daquele ano.

Já Mariana Hassan, é uma médica nova tanto de profissão quanto de Cictc.
Passou a integrar o Congresso no ano passado, depois de ter cadeira permanente aprovada pela própria presidente Dra. Karen Maryanna.
Apesar de estarem em disputa pelo comando da mesa diretora do Cictc, as duas médicas se conhecem há alguns anos e trabalham juntas.
Ambas são integrantes do corpo clínico da rede Santa Clara, e dividem o comando de tratamentos médicos do presidente do Grupo Kester Guilherme Kalel.

Dra. Karen tem um perfil ultra liberal, o que foi bom para a aprovação de medicações, principalmente fitoterápicas, que avançaram no Cictc ao longo dos últimos quatro anos.
Dra. Mariana, também é aberta a essas questões, mas defende tratamentos com uso de tecnologias que possam também diminuir as dores dos pacientes.

A disputa entre as duas brasileiras é algo inédito dentro do Cictc, relembrou o atual presidente do conselho Dr. Michael Garden.
Para o médico, qualquer uma das duas que vença a disputa, o Congresso só vai ter a ganhar.
Na edição de janeiro, o Cictc conta com 177 médicos participantes. Mas só 140 deles são membros efetivos, portanto possuem direito ao voto.
Para ser eleita presidente, uma das duas precisa ter a maioria de votos válidos, portanto 71, para administrar o Congresso.
A presidente do Cictc, vai organizar edições do Congresso, administrar as pesquisas e fazer captação de recursos e destinação dos mesmos.

Os médicos efetivos, hospitais apoiadores e planos de saúde, contribuem para manter o Cictc funcionando.
Todas as pesquisas são custeadas por um fundo administrado pelo Conselho, chefiado pelo presidente do Congresso.