Piloto de aeronave que caiu com time da Chapecoense tinha pedido de prisão na Bolívia
Leandro Goldman
Enviado especial a Medellín
06/12/2016
O piloto da aeronave da companhia Lamia da Bolívia, que caiu em 29 de novembro com jornalistas brasileiros e o time da Chapecoense em La Ceja na Colômbia, tinha contra si um mandado de prisão.
A informação foi confirmada por autoridades bolivianas nesta terça, 6, durante entrevista para falar sobre as investigações a despeito do acidente.
Segundo o Ministro da Defesa da Bolívia, o piloto da aeronave tinha mandado de prisão por ter desertado do exército.
Mas ele não estava preso e não se sabe as razões pelas quais estava foragido e viajando em um avião.
Segundo as autoridades também revelaram, a aeronave estava sem combustível e por isso não conseguiu pousar.
O avião deveria ter feito uma parada obrigatória para abastecer, mas isso não foi feito e a aeronave seguiu viagem direta da Bolívia para a Colômbia.
Em La Ceja, o avião acabou caindo em uma área fechada e de difícil acesso em meio a uma chuva. Mas não houveram demais falhas que pudessem explicar o acidente,
apenas a falta do combustível.
O funcionário da companhia que sobreviveu a tragédia e recebeu alta médica nesta semana, disse em entrevista nesta segunda que o piloto não avisou que estavam sem combustível.
Todos estavam esperando que o avião fosse pousar, e estavam sentados e de cintos quando a aeronave acendeu as luzes de emergência e se impactou no solo logo em seguida.