Júri de Elize se arrasta pelo fim de semana
Melissa Monary
Enviada especial a São Paulo
03/12/2016
Neste sábado, o Júri Popular de Elize Matsunaga, entra em seu sexto dia.
Ela é acusada de matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Matsunaga, em maio de 2012.
Ao longo de toda semana, Elize participou do Júri que ouviu testemunhas de acusação e defesa.
Nesta sexta-feira, 2, uma das principais testemunhas a depor, foi um médico legista.
Pelo seu depoimento, especialistas acreditam que a pena dada a Elize possa ser abrandada.
O médico sustentou que Marcos estava morto ao ser esquartejado pela esposa, enquanto a acusação alega que ele ainda estaria vivo e a mesma opinião é compartilhada por outros peritos.
Neste sábado, 3, Elize é quem deve falar no julgamento. Ela será interrogada mas a expectativa é que não responda as perguntas de acusação.
Depois, o julgamento vai para a fase de debates antes de se decidir a sentença, o que deve acontecer somente no domingo.
O caso
Em 19/05/2012, Elize Matsunaga assassinou e esquartejou o marido e empresário Marcos Matsunaga em São Paulo.
Depois de esquarteja-lo, a mulher ainda colocou seus restos em malas e saiu do prédio em que morava com ele, espalhando os restos mortais de Marcos em diferentes pontos na grande SP.
Elize confessou o crime, mas alega em sua defesa que um detetive contratado por ela a revelou estar sendo traída por Marcos com uma prostituta.
Elize alega então que confrontou o marido, foi agredida e usou a arma para se defender. Assustada ao ver que atirou e matou o esposo, ela teria o esquartejado numa atitude de reflexo de susto.
Já o Ministério Público, defende que o crime foi premeditado para que a mulher tivesse acesso a um seguro de vida de R$ 600 Mil feito pelo marido.
O MP e a Polícia Civil, concordam que Elize Matsunaga cometeu homicídio triplamente qualificado por motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima.
Acrescem no curriculum ainda, o crime de ocultação de cadáver e provas, já que ela tentou se desfazer dos restos mortais de Marcos.