Júri de Elize pode ser ampliado e ir até no domingo

Júri de Elize pode ser ampliado e ir até no domingo
Melissa Monary
Enviada especial a São Paulo
01/12/2016


O Júri popular de Elize Matsunaga, acusada de matar o marido e empresário Marcos Matsunaga, pode ser prolongado.
Nesta quarta-feira, houve o terceiro dia de julgamento com mais depoimentos de testemunhas.
Entretanto, ainda faltam 10 pessoas para serem ouvidas, além da própria ré. Depois, ainda haverá tempo para o debate entre acusação e defesa, para que apresentem seus argumentos.
Por conta disto, a previsão do Forum Criminal da Barra Funda, onde o julgamento acontece em São Paulo, é que o júri se estenda até no domingo, 4 de dezembro.
Inicialmente a previsão era que o julgamento seguisse até o dia 2, mas a demora em alguns depoimentos fizeram o processo atrasar.

Nesta quarta-feira, foram ouvidos uma prima de Marcos Matsunaga, além de peritos, investigadores e médico legista que fez a autópsia em Marcos.
Para o médico por exemplo, ele estava vivo quando a esposa o degolou e começou a esquarteja-lo.
A prima do empresário disse que hoje tem medo de Elize, por conta do que aconteceu. Mas que o casal no inicio parecia bem e feliz, e que ela foi madrinha de casamento deles.
Os peritos destacaram que não havia sangue na serra elétrica comprada dias antes por Elize, mas não foram precisos em afirmar se ela usou o material para esquartejar o marido.

Elize Matsunaga, hoje com 35 anos de idade, é acusada de cometer homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, que dificultou a defesa da vítima, por ocultação de provas e cadáver, e por esquartejar o esposo Marcos.
O crime aconteceu em 19/05/2012, em São Paulo, e chocou o Brasil.
Em sua defesa, a mulher alega que descobriu a traição do marido com uma garota de programa, foi confronta-lo e foi agredida.
Para se defender, acabou usando a arma que ele tinha em casa, o matando e esquartejando em seguida pelo susto que a morte do marido a causou.
A acusação no entanto, sustenta que Elize matou o marido de olho em um seguro no valor de R$ 600 Mil que ele possuía.
Ela ainda espalhou pedaços de seu corpo em região isolada, para que não fosse encontrado ou que não se levantassem suspeitas sobre a sua pessoa.