Chapecoense muda velórios para sábado
Malu Cameron
Enviada especial a Chapecó
01/12/2016
A Chapecoense informou no final da tarde desta quinta, que haverá alteração no calendário do funeral divulgado mais cedo pelo clube.
Os corpos devem começar a chegar no Brasil, somente no sábado, 3, como já havia antecipado o Portal A3 com informações de Medellín no começo da manhã.
Mas depois, o clube ratificou dizendo que os corpos chegariam na sexta, e agora mudaram novamente a versão.
Com isso, o cronograma do velório coletivo está mantido, mas só muda o dia.
Os jogadores da Chapecoense, jornalistas da cidade de Chapecó e a comissão técnica do time, serão velados no ginásio de esportes do clube.
O funeral deve durar pelo menos 4h, e vai ser de 51 das 64 vítimas da tragédia.
As famílias foram convidadas a participarem do velório coletivo em Chapecó, e o Chapecoense deixou a critério de cada um a participação ou não.
Por esta razão, 14 corpos não serão velados no estádio do clube.
Os corpos devem chegar a Chapecó trazidos de Medellín na Colômbia, no sábado, 3.
Vão desfilar em carretas abertas com batedores da Polícia Militar pelas principais ruas de Chapecó, do aeroporto ao estádio, num trajeto que deve levar de 45 a 90 minutos.
No estádio, os caixões lacrados ficarão no gramado em uma estrutura montada para recebê-los.
Torcedores poderão acompanhar o funeral das arquibancadas do estádio. Apenas autoridades e familiares poderão passar nos caixões, por questões de segurança e logística.
Inicialmente, o clube cogitava permitir com que torcedores também se aproximassem, mas isto demandaria muito tempo, além de um aparato gigantesco de segurança.
A tragédia
Na madrugada de 29/11/2016, um avião da companhia boliviana Lamia, caiu em La Ceja, na Colômbia.
O avião transportava 77 pessoas, sendo 68 brasileiros e nove tripulantes bolivianos.
Entre os 68 passageiros, estavam jogadores e a comissão técnica da Associação Chapecoense de Futebol, e jornalistas.
Todos seguiam para Medellín na Colômbia, onde o time faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana, contra o Atlético Nacional de Medellín.
Com a queda da aeronave, 71 pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida, sendo três jogadores, um jornalista e dois tripulantes.
Eles permanecem internados em estado crítico, até a publicação desta reportagem.