Chapecoense começa processo de reestruturação após tragédia que destruiu time
Malu Cameron
Enviada especial a Chapecó
05/12/2016
Ainda enlutada pela tragédia que se abateu entorno do clube, esta semana já vai ser de decisões importantes para a Chapecoense.
O time deve fazer reuniões, e começar a traçar planos para sua temporada 2017, agora que perdeu seus jogadores principais.
Com apenas 10 jogadores restantes no elenco, o time do oeste de Santa Catarina vai precisar driblar muitos obstáculos para que possa se reerguer.
É possível que não enfrente no domingo, 11, o Atlético Mineiro pela última rodada do campeonato Brasileiro, pois não há condições segundo o presidente do clube, de se jogar futebol na Arena Condá nesse momento.
Mas o time já começa a estudar todas as propostas de ajuda que recebeu, e que vieram de todas as partes.
Grandes clubes querem emprestar jogadores de graça para que o clube possa se reestruturar.
A Caixa, principal patrocinador do clube, renovou o patrocínio para a próxima temporada e vai fornecer bem mais que os R$ 4 Mi deste ano de 2016.
Outros patrocinadores ainda são buscados pelo clube, além da ampliação do sóciotorcedor.
Declarada campeã da Sul-americana, a Chapecoense ainda vai receber a quantia de R$ 6 Mi de premiação, o que deve ajudar e muito o time nesse momento de reestruturação.
Segundo o presidente em exercício do clube, este é um momento de se fazer reuniões e de se tomar decisões que possam ajudar o time a se levantar. Disse ainda que a Chapecoense vai se reerguer e jogar um bom futebol.
As categorias de base do time, serão primordiais para que isso aconteça. Muitos jogadores do time sub 20 podem ir para o elenco principal.
Outra parceria que pode dar muitos resultados, são as ajudas oferecidas de clubes como o Real Madrid e o Barcelona, além do Atlético Nacional de Medellín.
A tragédia
Na madrugada de 29/11/2016, um avião da companhia boliviana Lamia, caiu em La Ceja, na Colômbia.
O avião transportava 77 pessoas, sendo 68 brasileiros e nove tripulantes bolivianos.
Entre os 68 passageiros, estavam jogadores e a comissão técnica da Associação Chapecoense de Futebol, e jornalistas.
Todos seguiam para Medellín na Colômbia, onde o time faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana, contra o Atlético Nacional de Medellín.
Com a queda da aeronave, 71 pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida, sendo três jogadores, um jornalista e dois tripulantes.