Avião que transportava jogadores da Chapecoense não tinha combustível, diz governo colombiano
Leticia Corsi
Enviada especial a Medellín
01/12/2016
O avião que transportava a delegação de atletas e comissão técnica da Chapecoense, além de jornalistas brasileiros e que caiu na Colômbia na terça-feira, 29 de novembro, não tinha combustível no momento da queda.
A informação que até então era especulação, foi confirmada na noite de quarta-feira, 30, pelo governo colombiano.
As autoridades revelaram que o piloto chegou a pedir um pouso de emergência em um aeroporto antes de chegar a Medellín, seu destino final, relatando a falta de combustível.
O que não é possível afirmar ainda, é se essa falta de combustível foi provocada por um erro de análise do piloto, ou por alguma falha.
Também não é possível confirmar que somente a falta do combustível tenha feito a aeronave cair, visto que houve registro de outras panes no avião.
Todas essas informações devem ser divulgadas, assim que as caixas pretas da aeronave forem abertas, o que deve ocorrer somente na Inglaterra.
Mas a princípio, o que dá para afirmar é que o piloto da aeronave, que era também o dono da companhia Lamia, cometeu falhas ao não verificar a quantidade de combustível existente no avião.
A tragédia
Na madrugada de 29/11/2016, um avião da companhia boliviana Lamia, caiu em La Ceja, na Colômbia.
O avião transportava 77 pessoas, sendo 68 brasileiros e nove tripulantes bolivianos.
Entre os 68 passageiros, estavam jogadores e a comissão técnica da Associação Chapecoense de Futebol, e jornalistas.
Todos seguiam para Medellín na Colômbia, onde o time faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-americana, contra o Atlético Nacional de Medellín.
Com a queda da aeronave, 71 pessoas morreram e seis foram resgatadas com vida, sendo três jogadores, um jornalista e dois tripulantes.
Eles permanecem internados em estado crítico, até a publicação desta reportagem.