Professora invisual é impedida de usar Cão-guia em praia de SC
Larissa Goldman
01/03/2017
Uma situação constrangedora vivenciada por uma professora deficiente visual, de 57 anos de idade, ocorrida em 22 de fevereiro mas só publicada nesta terça-feira, 28, chama a atenção e mostra o despreparo das pessoas.
A mulher que é natural do Rio Grande do Sul, estava em Santa Catarina para passar alguns dias na praia, quando passou por uma situação constrangedora.
Policiais militares se aproximaram dela, sob a denúncia de que um cão estaria solto na praia provocando medo e ameaça as pessoas.
O cão ao qual se referiam, é o cão-guia da deficiente visual, que a acompanhava na orla.
Por lei, o cachorro tem autorização para acompanhar seu dono onde quer que este esteja, inclusive em restaurantes, ônibus, trens e avião.
A professora reiterou que tentou explicar sobre a lei para os policiais, mas foi ignorada e ameaçada de ser presa e de ter o cão apreendido se não saísse com o animal da praia.
Só depois de mais de 1h30, a professora conseguiu solicitar apoio do Instituto Federal Catarinense em Balneário Camboriú, onde o episódio lamentável aconteceu.
A instituição é a primeira no Brasil, a fazer treinamentos gratuitos para cães-guia, e foi a responsável por ajudar a professora a esclarecer os pontos da lei.
Depois de resolver o problema, um Oficial da Corporação esteve no local, e explicou aos militares e banhistas sobre a lei que garante a presença do cão, onde a invisual estiver.
A professora comentou com a imprensa, que se sentiu constrangida pelo que houve, e lamentou o episódio.
Para ela, deficiência não é uma roupa que se veste e depois se tira quando quer, por esta razão esteja em casa ou no lazer, é necessário que ande e use seu animal guia.