Governo corta R$ 42 Bi e aumenta impostos sob Folha de Pagamentos
Leandro Goldman
30/03/2017
O governo do presidente Michel Temer, apresentou nesta quarta-feira, 29 de março, uma série de medidas que visem tentar baixar o buraco de R$ 58 Bi feito no orçamento da União, previsto para 2017.
A expectativa do governo, é que neste ano a União tivesse um déficit de R$ 139 Bi, porque a economia esperava crescer 1,6%.
Mas diante a um cenário negativo da economia brasileira, na semana passada o governo reviu esta posição e avaliou que o país deve ter crescimento de 0,5%.
Com isso, é preciso reequilibrar as contas públicas.
O déficit poderia ficar R$ 58 Bi mais caro, e o teto da meta poderia ser estourado.
Para tentar evitar toda esta catástrofe econômica, a equipe de economia de Michel Temer entrou em ação.
Duas medidas foram tomadas nesta quarta-feira, como forma de contenção desses gastos orçamentários.
Primeiro, o governo cortou em R$ 42 Bi suas despesas e investimentos.
E depois, anunciou uma auta no imposto sob a Folha de Pagamentos de trabalhadores.
A medida atinge a diversos setores e não afeta apenas quatro deles, transportes rodoviários, ferroviários, impressão e empresas de radio e televisão.
Segundo o governo essas empresas foram mantidas de fora da desoneração, porque poderia haver impacto negativo caso fossem reajustadas.
Com a medida, o governo espera aumentar a partir de julho, quando começa a valer, em R$ 4 Bi sua arrecadação.
Mas não é só isso que o governo Temer pretende fazer.
A equipe econômica agora vai em busca de cerca de R$ 9 Bi que estão guardados em depósitos judiciais.
São recursos de Precatórios que não foram resgatados por quem lhes é de direito, e que por lei o governo pode solicitar receber quando o dono não os retira depois de um certo período.
Com isso, a equipe de Temer espera que o buraco feito no orçamento seja menor no final do ano.