Brasil tem dia de paralisações nesta sexta
Gabrielle Rial
30/06/2017
O Brasil amanheceu parado nesta sexta-feira, 30 de junho.
Um grande movimento convocado por movimentos sociais, encerrou atividades em diversas categorias nas maiores cidades do país.
Eles são contra as reformas que tramitam no Congresso Nacional e pedem ainda a saída do presidente Michel Temer e imediatas eleições.
O movimento é o segundo desta natureza, a ser realizado em menos de seis meses.
Em abril, o país teve também uma sexta-feira de paralisações pelas mesmas razões.
A reforma da Previdência está parada mas a Trabalhista avança no Senado, deve ser colocada em votação na semana que vem e os movimentos tentam pressionar senadores para impedir sua aprovação.
Se a proposta for aprovada pelo Senado, segue a sanção presidencial e Michel Temer vai conseguir aprovar um dos importantes feitos de seu governo.
A reforma Trabalhista junto com a da Previdência e o limite de teto de gastos, este já aprovado pelo Congresso, são os carros chefes do governo.
Mas estão prejudicados e com a aprovação ameaçada, diante as denúncias que atingem o presidente da república neste momento.
Temer é acusado de corrupção passiva, com base nas delações premiadas de Joesley Batista, dono do grupo JBS.
A denúncia contra o Presidente, chegou nesta quinta a Câmara dos Deputados, e promete incendiar a politica nacional.
Nesta quinta-feira, 29, o Presidente da casa de leis, deputado Rodrigo Maia, disse que não há como os deputados não analisarem com seriedade a denúncia contra Temer.
Maia disse ainda que defende que o recesso parlamentar de julho seja cancelado para discutir tal questão, mas isso depende da votação plenária.
Contudo, o deputado acha meio impossível que os deputados barrem a denúncia, o que significa que Temer estaria perto de perder seu mandato.
Quanto as paralisações desta sexta-feira, escolas, transportes e bancos aderiram a manifestação.
Mas assim como aconteceu na primeira paralisação de abril, trabalhadores que não forem ao trabalho podem ter o dia descontado e podem ser demitidos.
Isto porque, segundo a lei o movimento desta sexta-feira não é uma greve e sim uma manifestação politica.