Senadores mantém direitos politicos de Dilma Rousseff e questão deve ser discutida na Justiça
Leandro Goldman
Enviado especial a Brasília
31/08/2016
Os senadores votaram na tarde desta quarta-feira, se mantinham ou não os direitos politicos da presidente impedida Dilma Rousseff.
Depois de cassarem o mandato presidencial da petista, a votação buscou definir se ela teria ou não seus direitos politicos suspensos por 8 anos.
Se a resposta fosse sim, como aconteceu com Fernando Collor e como era esperado que ocorresse também com ela, Dilma não poderia exercer nem uma função no setor público, nem mesmo dar aulas em universidades.
Os senadores, com um placar de 42 a 36, decidiram pelo sim, ela deveria perder seus direitos politicos.
Entretanto, o número do sim não alcançou os dois terços de senadores que tinha de atingir para ser válido, portanto 54 votos.
Sendo assim, os direitos de Dilma foram mantidos, o que fez com que a base do Impeachment criticasse muito a decisão final.
Os votos que Dilma recebeu para ser mantida habilitada para exercer funções públicas, vieram em grande parte do PMDB, partido que pertence o atual presidente Michel Temer, o que causou mais estranheza em todo o cenário.
O PSDB e o Democratas, já informaram que vão recorrer dessa decisão no STF, pois entendem que a constituição foi burlada com essa votação em separado.
Pela lei, manda a constituição brasileira que ao sofrer o processo de Impeachment, o presidente fica inabilitado por 8 anos a exercer funções públicas.